segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Saudades do Paraíso


Há tempos não visito o "Paraíso" do Sr. Eder Bruno... estou um pouco mal também... precisando refletir sobre a vida... Utilizando os versos maravilhosos do compositor Wander Lee, "estou cuidando do meu jardim" neste momento...


Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores

Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores

Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores

Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho

Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho

Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim

Estou cuidando bem de mim


Saudades de você meu amigo... estou precisando do seu jardim!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A paga de uma batalhador


Ser brasileiro é muito bom... faço parte de um povo criativo, alegre e de um espírito esplendoroso. Mas, ser brasileiro, é também ser desrespeitado, ultrajado e injustiçado como se isso fosse uma coisa muito normal. Como já dizia o poeta, precisamos é "materia-prima" como povo!!!
Este da foto é Burle Max, um grande nome do paisagismo mundial, e ao lado dele um outro grande nome: Eder Bruno! Porém Eder Bruno é brasileiro...

Ahhh... não Eder... porque você não nasceu Italiano, como seus antepassados??!! Espanhol???... Porque???

Porque parece que você foi ESCOLHIDO para ser INJUSTIÇADO!!!

É meu grande amigo... nós moramos num país, ou melhor, numa cidade (Uberlândia- MG) em que enrriquecer da noite para o dia é uma virtude... moramos numa cidade onde a maior nobreza de um homem é sua habilidade em usufruir e larapiar o dinheiro público. Afinal, Uberlândia significa Terra Fértil... sim, Fértil de corrupção, injustiça, inveja e desprezo...

Infelizmente meu caro, só posso imaginar aquilo que sente, e não posso sentir aquilo que realmente sente...

É isso aí povo Brasileiro e Uberlandense... vejam mais um GÊNIO "morrer" à mingua.

Neste momento o único sentimento que me consola é a revolta, de saber que todo esse conhecimento voltará intacto para junto à mãe natureza, a sete palmos do chão de uma cova larga!!!

domingo, 6 de maio de 2007

Concerto Lá na Casa dos Carneiros

O Concerto “Lá na Casa dos Carneiros”, com Elomar e convidados acontece para marcar a inauguração da Fundação Casa dos Carneiros, que tem sede na fazenda do cantor e compositor Elomar Figueira Mello, onde compôs boa parte da sua obra. O nome da fundação, além de denominar a fazenda, remete à canção “Cantiga de Amigo”, muito conhecida e tema de análise em centros acadêmicos, escolas de música e de letras, do Brasil e do exterior, pela significativa carga de lirismo e poética que circunda a canção.
O evento realizado a céu aberto, no cenário sertânico, vai reunir mais de 1000 pessoas e pode ser considerado um marco na história da cultura regional, estadual e nacional, pelo grande e belo espetáculo oferecido, principalmente por reunir uma plêiade envolvida e comprometida com a Arte Brasil.

sábado, 5 de maio de 2007

A Carta da Terra: uma promessa


Nos dias 6-9 de novembro (2005) ocorrerá em Amsterdã um balanço dos cinco anos de aprovação da Carta da Terra. Esse documento nasceu como resposta às ameaças que pesam sobre o planeta como um todo e como forma de se pensar articuladamente os muitos problemas ecológico-sociais tendo como referência central a Terra. Em 1992, por ocasião da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, fora proposto tal documento que por razões que não cabe aqui referir não foi aceito. Em seu lugar adotou-se a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Desta forma a Agenda 21, o documento mais importante da Eco-92, ficou privado de uma fundamentação e de uma visão integradora. Insatisfeitos, os organizadores, especialmente Maurice Strong da ONU e Mikhail Gorbachev, diretor da Cruz Verde Internacional, suscitaram a idéia de se criar um movimento mundial para formular uma Carta da Terra que nascesse de baixo para cima. Deveria recolher o que a humanidade deseja e quer para sua Casa Comum, a Terra. Depois de reuniões prévias e muitas discussões, criou-se em 1997 a Comissão da Carta da Terra composta por 23 personalidades dos vários continentes (entrei pelo Brasil), para acompanhar uma consulta mundial e redigir o texto da Carta da Terra. Efetivamente, por 2 anos, ocorreram reuniões que envolveram 46 paises e mais de cem mil pessoas, desde favelas, comunidades indígenas, universidades e centros de pesquisa até que em inícios de março de 2000 no espaço da Unesco em Paris o texto final da Carta da Terra foi aprovado.

É um dos textos mais completos que se tem escrito ultimamente, digno de inaugurar o novo milênio. Recolhe o que de melhor o discurso ecológico produziu, os resultados mais seguros das ciência da vida e do universo, com forte densidade ética e espiritual. Tudo é estruturado em quatro princípios fundamentais, detalhados em 16 proposições de apoio. Estes são os quatro princípios: (1) respeitar e cuidar da comunidade de vida; (2) integridade ecológica; (3) justiça social e econômica; (4) democracia, não-violência e paz.

O sonho coletivo proposto não é o ''desenvolvimento sustentável'', fruto da visão intrasistêmica da economia política dominante. Mas ''um modo de vida sustentável'' fruto do cuidado para com todo o ser especialmente para com todas as formas de vida e da responsabilidade coletiva face ao destino comum da Terra e da Humanidade. Este sonho benaventurado supõe entender ''a humanidade como parte de um vasto universo em evolução'' e a ''Terra como nosso lar e viva''; implica também ''viver o espírito de parentesco com toda a vida'', ''com reverência o mistério da existência, com gratidão, o dom da vida e com humildade, nosso lugar na natureza''; propõe uma ética do cuidado que utiliza racionalmente os bens escassos para não prejudicar o capital natural nem as gerações futuras; elas também têm direito a um Planeta sustentável e com boa qualidade de vida.
Leonardo Boff